
Karen Armstrong, estudiosa de literatura inglesa na Universidade de Oxford e autora de inúmeros livros abordando temas religiosos, mostra que a principal função da Bíblia não foi apoiar doutrinas e crenças particulares e, embora os autores bíblicos se contradigam, suas visões múltiplas convivem num mesmo livro. Para ela, este é um indício claro de que toda interpretação da Bíblia significa necessariamente abertura de espírito.
Partindo de uma acurada análise das diversas contribuições que integram a Escritura Sagrada, a autora propõe o desenvolvimento de uma interpretação compassiva da Escritura que forneça a contranarrativa necessária para combater o pessimismo de nosso mundo conflituado. Em outras palavras, uma exegese baseada no "princípio da caridade", como uma disciplina espiritual profundamente necessária em nosso mundo dilacerado e reduzido a fragmentos.
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