Um risco muito comum que corremos é o de pensar que toda crise que enfrentamos é inteiramente nova, como se nada igual tivesse acontecido antes. Daí a importância do registro histórico e, principalmente, de um análise profunda e abrangente que ajude a revelar as principais causas e lições que emergem em cada crise.
Para aqueles interessados em conhecer mais a fundo as razões que nos levaram ao enfrentamento da maior crise econômica global dos últimos 70 anos, é imperdível a leitura de "A crise de 2008 e a economia da depressão" (Editora Campus, 201 páginas), de autoria de Paulo Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008.
Além de nobelista, Krugman é um economista reconhecido, não apenas nos meios acadêmicos, mas também pelo público em geral. Sua coluna, que aparece duas vezes por semana no New York Times, é reproduzida em jornais do mundo todo, inclusive no Brasil. Seu sucesso também de colunista - foi eleito Colunista do Ano, pela revista Editor and Publisher - deu-lhe uma notoriedade que poucos acadêmicos têm.
No livro, Krugman analisa as principais crises econômicas mundiais desde a Grande Depressão da década de 1930 até os últimos acontecimentos envolvendo a crise eclodida na segunda metada de 2008. Trata-se de uma obra que poderá contribuir bastante para entendermos os fatos e sobretudo as idéias que nos levaram a imaginar que uma crise dessa magnitude e abrangência não poderia mais ocorrer.
sábado, 28 de março de 2009
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